“Há muitas moradas na casa de meu Pai”. Com estas palavras, há mais ou menos dois mil anos atrás, o mestre Jesus já buscava a abertura consciencial dos seres humanos para aquilo que nossa ciência vem aos poucos comprovando nestes últimos séculos a respeito da infinidade de corpos celestes e mundos que constituem este Universo de proporções infinitas, do qual o planeta Terra faz parte como simples grão de poeira cósmica a executar seu bailado sincronizado.
O que nossa ciência não pôde ainda comprovar, ou ao menos se absteve de emitir um parecer favorável, é para o fato da infinidade de formas de vida e civilizações que constituem a “Casa do Pai” que é o Universo em que vivemos.
A falta de posicionamento sobre este e outros fatores a respeito do Universo por parte de nossa ciência, colabora em muito para a manutenção da maior parte dos seres humanos na ignorância das maravilhosas leis universais que regem a Criação divina, dentre elas, a lei da transmigração dos espíritos e bem como do intenso intercâmbio existente entre as diversas civilizações mais avançadas que habitam o Universo. O problema maior não se deve à simples sonegação de informações, mas sim, à falta do esclarecimento que poderia proporcionar aos seres humanos o crescimento que o habilitaria ao contato direto com outras civilizações do Universo.
Isto, em parte se deve ao materialismo pelo qual, há milênios, o homem vem optando, em detrimento do verdadeiro e único caminho que é o da interiorização e o da busca dos valores reais, os do Espírito. Em parte, e como conseqüência direta do fato anterior, deve-se também ao obscurantismo religioso que vem imperando há quase dois mil anos, instituído no atual ciclo da humanidade através da igreja católica, do qual temos as mais infelizes lembranças na "santa" inquisição e nas guerras religiosas em nome de Cristo.
Apesar deste estado de inconsciência no qual vem se mantendo a maior parte dos seres humanos a respeito de si próprios e das leis divinas, elas não falham em sua sabedoria, e vem cumprindo a risca os ciclos evolutivos do Universo, sejam eles referentes aos instantes de vida de uma simples bactéria ou aos bilhões de anos que compõem a existência de uma estrela.
Um dos aspectos da evolução da Criação no Universo já observado por diversas escolas espirituais em nosso mundo, dentre elas o Espiritismo, como pudemos verificar nos três primeiros tópicos deste site, são justamente os ciclos evolutivos pelos quais passam os planetas e suas civilizações.
Utilizando como exemplo a escala passada a Kardec pelos Espíritos, onde, para um maior entendimento, se estabelecem diversas categorias não absolutas de mundos habitados, podemos observar a existência de diversas etapas pelas quais passam os mundos em sua caminhada evolutiva.
No período de transição entre uma etapa e outra, podemos notar, mais acentuadamente, o processo de renovação pelo qual passa um planeta e sua humanidade, devido à necessidade de se despojar de antigos padrões (vibratórios no caso dos planetas) e conceitos ligados a um nível (consciencial no caso dos seres humanos) que vai ficando para trás, urgindo que seus habitantes se adeqüem, tanto consciencial quanto vibratoriamente, para que possam entrar nesta nova fase ligada à nova categoria à qual passa a pertencer o planeta.
Falando sobre a categoria dos mundos de expiações e provas, que é a que melhor conhecemos por pertencer a Terra ainda a esta categoria, as mudanças mais visíveis que podem se processar, tanto durante o período principal de sua transição para a próxima categoria quanto nos períodos de transição intermediários - prováveis no decorrer de cada ciclo - são as alterações geológicas, as de meio ambiente e a própria alteração (verticalização ou inclinação) de seu eixo, fatores que propiciam, com o desaparecimento e o ressurgimento de continentes, a redefinição parcial ou total da crosta de um planeta, como se deu em nosso mundo com o afundamento dos continentes da Lemúria e da Atlântida, com a conseqüente aniquilação das civilizações que na época existiam.
Estas mudanças, obviamente afetam radicalmente os ciclos da vida no planeta, acarretando a extinção e o aprimoramento de espécies e também o desaparecimento e o ressurgimento de civilizações que nele se desenvolvem.
Estão portanto os ciclos planetários intimamente ligados aos ciclos pelos quais passam a humanidade que o habita, sendo, porém, o próprio ciclo planetário que impulsiona o progresso humano, mesmo que, em casos extremos, devido à falta de abertura consciencial, através das mudanças bruscas muitas vezes associadas às fases de transição.
Devido à necessidade de equilibrar a vibração conturbada de transição e bem como auxiliar os seres que habitam o planeta a passar com maior tranqüilidade por esta fase, muitos seres de distintos níveis evolutivos e procedentes de diversas localidades no Universo estão atualmente atuando no planeta Terra, muitos dos quais, atendendo às necessidades de renovação planetária, encarnando, para que possam vivenciar a transição entre os seres humanos, auxiliando-nos e extraíndo deste momento suas próprias lições.
Os acontecimentos mais relevantes, porém, para o equilíbrio e a renovação em um planeta, não só em fases de transição, mas durante toda sua história, são as encarnações dos grandes mestres das ciências humanas, dos mestres espirituais e, principalmente, dos avatares.
Vem daí a grande variação consciencial que podemos observar em nosso próprio mundo, onde constatamos em certas épocas, a coexistência de Espíritos angelicais como o de nosso mestre Jesus ou de gênios como Albert Einstein, com tribos de autóctones canibais, mal saídos da idade da pedra.
A passagem desses grandes mestres por nosso planeta, como verdadeiras luzes condutoras da humanidade, se apresentaria totalmente deslocada em meio às tendências inferiores e antagônicas desta mesma humanidade, pois, de onde teriam surgido tais mestres portadores de ensinamentos tão avançados para uma sociedade ainda em estágio evolutivo tão atrasado? Este fato vem, na verdade, comprovar o intenso intercâmbio existente entre os diversos mundos, no qual entidades de grande evolução espiritual deixam seus mundos e, apesar de não mais necessitarem encarnar em mundos de matéria mais densa como o nosso, submetem-se por vontade própria a encarnações em mundos ainda em estágios evolutivos inferiores, onde assumem missões de difundir conhecimentos e, desta forma, promover o progresso nas diversas áreas do conhecimento humano.
Desta forma, concluímos que nem só de exílios são compostos os intercâmbios interplanetários, mas também pelo intercâmbio de grandes mestres espirituais e bem como de trabalhadores abnegados de diversos níveis evolutivos.
Na obra "O Sublime Peregrino", Ramatis faz a distinção destes dois aspectos, designando-os como "Queda Angélica" - no caso dos exílios compulsórios; e "Descida Angélica" - no caso de encarnações de grandes mestres e avatares provenientes de mundos superiores.
As mais significativas "Descidas Angélicas" ocorrem de acordo com a necessidade evolutiva da humanidade, concretizando-se através da encarnação de grandes mestre e avatares do porte de Jesus, Krishna, Buda, Sai Baba, etc., sendo, porém, processos que dependem única e exclusivamente da vontade destes Espíritos iluminados. Conforme já citado anteriormente, estão incluídas também entre estas "descidas" à matéria as encarnações de seres dos mais diversos níveis evolutivos existentes entre o nível em que se encontra a maioria dos seres humanos e o nível dos grandes avatares.
Estes seres iluminados que, de tempos em tempos, encarnam entre nós, são na verdade irmãos que já caminharam pelos mesmos caminhos por onde atualmente caminhamos, com a diferença de já contarem com a experiência de inúmeras vidas mais em diversos planetas e dimensões, onde, por mérito próprio, venceram suas próprias limitações e as dificuldades impostas pela dualidade presente em mundos de níveis semelhantes ao encontrado atualmente no planeta Terra, o que os credencia a orientar ou conduzir o progresso dos seres que aqui laboram na atual fase.
Devido ao fato de procederem de outros pontos do Universo, podemos carinhosamente chamá-los de nossos "Irmãos das Estrelas", nossos irmãos maiores, que por aqui passam ou aqui encarnam para nos resgatar de nossas próprias limitações e da ilusão gerada por nossos próprios defeitos, auxiliando também com sua vibração mais elevada a elevar a vibração planetária como um todo, contribuíndo para que cada ser que esteja aberto à renovação, tenha a chance de elevar sua própria vibração e, conseqüentemente, possa adequar-se à nova ordem que se instaura na Terra.
A passagem destes seres iluminados por nosso mundo sempre foi um fator de fundamental importância para a evolução de nossa humanidade e, ainda mais, durante o período de transição planetária, quando os seres necessitam realizar a opção entre aceitar a renovação que bate às portas de seus corações ou permanecerem na vibração mais densa e, desta forma, serem compulsoriamente transmigrados.
As transmigrações são dispositivos evolutivos universais que visam o aprimoramento dos mundos e das consciências que os povoam. São na verdade grandes processos de seleção natural, onde as almas transmigradas nunca se perdem, apenas são levadas a mudar seus campos de trabalho, deixando suas antigas moradas, sendo que, tanto para os irmãos que ficam quanto para os que partem, esta separação é a maneira mais adequada para a evolução, pois cada qual passa a necessitar de experiências diferenciadas para seu próprio aprendizado, fato que está relacionado ao nível evolutivo ao qual passam a buscar, tornando-se imprescindível que continuem suas experiências temporariamente sem intervenções mútuas.
Na atual situação de nosso planeta, encontramos seres desenvolvendo-se consciencial e espiritualmente a níveis elevados, enquanto boa parte dos habitantes continua mantendo-se presa a níveis de atuação quase completamente inconscientes das leis que regem o universo, devido à falta de realização de uma verdadeira reforma íntima, e bem como da busca individual pela harmonização com a Essência espiritual que anima cada ser, processo também conhecido como auto-realização.
Conseqüentemente, encontramos um quadro onde forças mentais antagônicas coexistem, forças mentais positivas convivendo com forças mentais negativas, sendo que, estas últimas, jogadas na natureza do planeta, podem propiciar o aparecimento das grandes catástrofes e cataclismos prováveis aos finais de ciclos evolutivos planetários, quando se sucedem os grandes exílios. A atuação simultânea destas forças faz com que as catástrofes ocorram nos locais onde existe maiores concentrações de energia negativa e, de forma contrária, onde existe maiores concentrações de energia positiva, a natureza prossegue de forma exuberante.
Portanto, as transformações bruscas pelas quais passam os planetas, são parte de dispositivos de reajuste cármico de suas humanidades e também da renovação planetária, a qual é regida por forças universais que constroem e transformam dentro da Criação divina, configurando, desta forma, ciclos, dentro dos quais a essência das criaturas e da Criação como um todo tem a possibilidade do aprimoramento.
Além das obras já citadas nos tópicos anteriores, podemos encontrar na literatura espiritualista outras fontes confiáveis que tratam do presente assunto, como, por exemplo, a vasta obra do autor Trigueirinho que, dentre outros temas de grande relevância para a humanidade, trata também da questão da renovação planetária e bem como do surgimento em nosso planeta de uma nova fase, regeneradora e mais harmoniosa.
A título ilustrativo, vejamos então, a seguir, o que o autor Trigueirinho nos diz a este respeito em sua obra "Mensagens para uma Vida de Harmonia":
"Convivem harmoniosamente no universo energias que constroem e energias que destroem. As primeiras criam e alimentam formas - uma atividade, a encarnação de uma pessoa, os ciclos de uma civilização, por exemplo. As últimas possibilitam que a essência abandone as formas que já não lhe correspondem, que estejam limitando sua expressão. Destroem para libertar."
"Ambas as energias são necessárias para que a vida prossiga seu curso. Se não houvesse a energia que a certa altura destrói nosso corpo, que é apenas a forma externa que tomamos em determinada encarnação, como seria possível para a essência que o habita continuar um ciclo criativo numa próxima vida e progredir?"
"Terminado um ciclo, a essência precisa de formas mais perfeitas para manifestar-se de novo. Em termos planetários, se não houvesse a energia que provoca cataclismos e faz com que uma civilização desapareça, como a essência daquela civilização poderia reaparecer de maneira mais perfeita em outra, posterior?"
"Como poderia o espírito que nos move realizar um trabalho de crescente qualidade, se a certa altura não surgisse outra forma para ele animar?"
Muitas, e por vários profetas, foram as profecias feitas nos últimos tempos a respeito do presente final de ciclo. Muitos também foram os charlatões e exploradores da boa fé humana, fato pelo qual devemos manter aguçado o bom senso, sempre utilizando-nos de nossa razão para analisarmos e do coração para sentirmos o quanto de verdade existe naquilo que nos chega.
Não deixaram de existir, porém, médiuns e profetas confiáveis que por nosso mundo passaram com a missão de alertar os seres humanos a respeito das probabilidades dos acontecimentos futuros, visando com isto, principalmente, abrir nossas mentes para o fato de que a única forma de evitarmos as grandes catástrofes exteriores é eliminando as catástrofes interiores, calcadas em nossos próprios vícios e paixões. Desta forma, podemos também encontrar registrado na literatura espiritualista, diversas profecias e mensagens que apontam para os prováveis rumos que a humanidade pode tomar em um breve futuro.
Contudo, falar de probabilidades, é algo complexo e nem sempre bem interpretado, principalmente quando estas probabilidades dizem respeito ao futuro da humanidade, podendo não ser muito agradáveis do ponto de vista imediatista com o qual está imbuída a maior parte dos seres humanos. De acordo com o que nos relatam algumas profecias, existem probabilidades apontando para o exílio compulsório de dois terços da humanidade atual. Existem também, grandes probabilidades da ocorrência de diversos tipos de adversidades neste período de transição pelo qual passamos, porém, devemos considerar também a possibilidade deste exílio poder perfeitamente ser consumado através do desencarne natural dos seres que por ele terão que passar. Conforme já foi dito anteriormente, tudo vai depender de como será o empenho de cada indivíduo em sua própria reforma íntima e na busca pela harmonização com a essência divina que reside em seu próprio interior, para que, todos, unidos em uma só corrente positiva, possamos instaurar em nosso planeta, a partir de hoje e a partir de cada um, esta nova fase de paz e de amor.
Também a título ilustrativo, para finalizar este tópico, vejamos, a seguir, primeiramente o que Ramatis em "Mensagens do Astral", obra psicografada pelo médium Hercílio Maes, nos diz a respeito das probabilidades que envolvem o momento de transição pelo qual estamos passando e bem como da seleção que já está se processando em nosso planeta, fato que ficou conhecido no mundo cristão como "A separação do joio e do trigo", ou ainda pelas palavras de Cristo: "Os bons passarão à minha direita e os maus à minha esquerda". Na seqüência, vejamos também uma bela mensagem de Ramatis psicografada pelo Grupo de Estudos Ramatis, a respeito das perspectivas positivas que aguardam a humanidade neste novo milênio.
Vejamos então alguns trecho extraídos da obra Mensagens do Astral:
PERGUNTA: - Podeis dizer-nos qual a quantidade aproximada de espíritos que serão transferidos da Terra para o planeta inferior que se aproxima de nosso mundo?
RAMATIS: - Segundo prevê a Psicologia Sideral, deverá atingir a dois terços da vossa humanidade o total dos espíritos a serem transferidos. A esses dois terços ainda serão acrescentados os que deverão ser selecionados, no Espaço (espíritos do plano astral inferior), entre o conjunto dos espíritos que sempre sobejam nas reencarnações, para então se efetivar a melancólica caravana dos "esquerdistas" do Cristo.
Os profetas assinalaram essa porcentagem sob vários aspectos e cada um conforme a sua possibilidade de entendimento dos símbolos que lhes foram apresentados na tela astral. Destacamos, principalmente, os seguintes prognósticos: Isaías, XXIV - 6: "E serão deixados poucos homens". Zacarias, XII - 8 e 9: "Duas partes dela serão dispersas e perecerão; e a terceira parte ficará nela. E eu farei passar esta terceira parte pelo fogo", ou seja a parte da "direita" do Cristo, a ser purificada. Apocalipse, VIII - 9: "E a terça parte das criaturas que viviam no mar, morreu, e a terça parte das naus desapareceu", em cujo simbolismo se percebe que dois terços dos habitantes da Terra devem desencarnar em conseqüência de inundações ou de naufrágios.
PERGUNTA: - Esses dois terços de habitantes da Terra serão desencarnados violentamente, para serem encaminhados ao planeta inferior?
RAMATIS: - Jesus disse: "E serão julgados os vivos e os mortos", isto é, os encarnados na Terra e os desencarnados que se situarem nas adjacências da Terra. Esse julgamento já se está processando, pois não será efetuado de modo súbito, mas obedecendo a indescritível mecanismo que não podemos descrever na exigüidade destas comunicações. No entanto, muitos estão partindo atualmente da Terra em tal estado de degradação, que a Direção Sideral terá que classificá-los, no além, como exilados em potencial, dispensados de novos testes!
Sem desejarmos copiar o prosaísmo do mundo material, podemos afirmar que há um processo de classificação automática, nos planos invisíveis, que revela e comprova as reações do psiquismo dos desencarnados, em perfeita conexão com o princípio crístico ou então com o modo de vida bestial que ainda é predominante no orbe intruso.
Diariamente se agravam as condições mentais no vosso mundo, conforme já podeis verificar sem qualquer protesto de dúvida. Ante a verticalização lenta, mas insidiosa e que já se manifesta na esfera interior, faz-se a perfeita conexão entre a degradação humana e a comoção terráquea; orbe e morador sentem-se sob invisível expurgação psico-física! Em breve tempo, libertar-se-ão da matéria dois terços da humanidade, através de comoções sísmicas, inundações, maremotos, furacões, terremotos, catástrofes, hecatombes, guerras e epidemias estranhas.
PERGUNTA: - Mas essa reencarnação de espíritos terráqueos em planeta inferior não implica em involução?
RAMATIS: - Quando os alunos relapsos não conseguem assimilar as suas lições, seja por negligência, rebeldia ou desafeição para os pais, são porventura contemplados com promoções para cursos superiores aos quais não fazem jus? Ou vêem-se obrigadas a repetir o mesmo curso, recomeçando novamente a lição negligenciada? As almas exiladas da Terra para um mundo inferior não involuem, mas apenas reiniciam o aprendizado, a fim de retificar os desvios perigosos à sua própria Felicidade. Após se corrigirem, hão de regressar à sua verdadeira pátria de aprendizado físico no orbe terráqueo, que se tornará escola de mentalismo, para cujo desiderato a Técnica Sideral exige o sentimento aprimorado.
Aqueles que ainda invertem os valores das coisas mais santificadas para o seu exclusivo prazer e desregramento, de modo algum desenvolverão o poder mental na aplicação das forças criativas. Ante a proximidade do Milênio do Mentalismo, a seleção se faz urgente, porquanto as condições educativas terrenas vão permitir que o homem desenvolva, também, as suas forças íntimas, para futuramente situar-se na posição de cooperador eficiente do Onipotente. Se os "esquerdistas" da vossa humanidade ficassem com direito a viver na Terra, no terceiro milênio, em breve seria ela um mundo de completa desordem, sob o comando da vontade pervertida! Os maiorais formariam uma consciência coletiva maligna e invencível pelo restante, que se tornaria escravo desse torpe mentalismo! Seria uma execrável experimentação científica contínua, de natureza mórbida, uma degradação coesa e indestrutível sob o desejo diabólico, como se dá com certos magos que hipnotizam o público no teatro e submetem grupos de homens à sua exclusiva direção mental!
PERGUNTA: - Quais exemplos de progresso que os emigrados da Terra poderiam proporcionar aos habitantes do planeta inferior?
RAMATIS: - Como a transmigração de espíritos é fenômeno rotineiro no mecanismo evolutivo do Cosmo, os mundos inferiores se renovam e progridem, espiritualmente, com mais brevidade, graças a esses intercâmbios, que são constantes. Só as humanidades libertas das paixões inferiores e devotadas ao Bem espiritual é que dispensam as transmigrações compulsórias. Os movimentos migratórios dos povos, realizados nas latitudes geográficas do vosso mundo, encontram analogia nas romagens de almas que se deslocam nas latitudes cósmicas. A diferença em que estes acontecimentos siderais obedecem, inevitavelmente, a leis e processos da mais alta técnica de adaptações.
PERGUNTA: - Como poderão os terrícolas retificar-se no planeta inferior, se estarão no comando de corpos ainda mais primitivos e, conseqüentemente, viveiros de paixões brutais? É crível que, depois de fracassarem em organismos mais evoluídos, os espíritos terrícolas consigam a sua alforria espiritual em organismos inferiores? A convivência selvagem não há de despertá-los psiquicamente para os antigos desequilíbrios e desregramentos?
RAMATIS: - Realmente, a natureza passional do organismo do homem das cavernas há de predominar com mais vigor do que nos antigos corpos terrestres; o espírito do exilado há de sofrer maior assédio inferior, sob os estímulos hereditários e irrefreados do psiquismo passional do homem do sílex; no entanto, assim o determina a sabedoria da Lei e da Técnica Sideral, que bem sabe do êxito a ser conseguido, pois que apenas se repetem os mesmos acontecimentos, que em milhares ou bilhões de ocasiões têm sido empregados como recursos de retificação à rebeldia espiritual, nos mundos materiais e no astral junto à crosta.
O exilado terrícola recebe o corpo na conformidade apenas de sua psicologia espiritual, e que corresponde à sua estultícia, desregramento e indiferença pelos bens superiores. A alma que arruína, deforma ou destrói o seu organismo físico no fogo das paixões violentas e destruidoras deve receber, pela lei de compensação, um corpo desconfortável e primitivo, em correspondência com a rudeza do seu péssimo comando. Deus seria imprudente ou pouco sábio se prodigalizasse organismos mais sadios e mais perfeitos às almas que só admitem a orgia destrutiva dos sentidos animais! Os espíritos que abusam da bênção reencarnatória em um corpo físico sadio e evoluído não só criam prejuízos para si, como afetam desde o trabalho dos técnicos responsáveis pela configuração etéreo-astral do molde da carne, até àqueles que intercedem pela reencarnação. E esses prejuízos ainda se estendem aos próprios pais, que se sentem subestimados no esforço de criar e educar o descendente que malbarata o vaso físico. O mau uso do corpo sacrifica laboriosa equipe de trabalhadores, que operam para o bom êxito da reencarnação, seja qual for a retificação cármica, assim como o malfeitor espiritual, que zomba do privilégio abençoado no "direito de nascer", sobre outros milhares de espíritos preteridos na descida.
PERGUNTA: - Quais os traços característicos daqueles que não serão transferidos para o planeta inferior?
RAMATIS: - Conforme os prognósticos siderais apenas um terço da vossa humanidade reencarnada estará em condições de se consagrar como o "trigo" e as "ovelhas" ou "direita" do Cristo, a fim de se juntar à outra porcentagem que será escolhida no Além, entre a humanidade de 20 bilhões de desencarnados que constituem a carga comum no mundo astral, em torno da Terra.
Os da direita do Cristo possuem um padrão vibratório, espiritual, acima da freqüência "mais alta" do magnetismo primitivo do planeta que se aproxima. em conseqüência, não vibrarão em sintonia com as energias inferiores, que acicatarão o instinto inferior do psiquismo humano, furtando-se, portanto, à subtração magnética gradativa, do referido planeta. Esse acicatamento magnetico do planeta primitivo, só encontrará eco nos esquerdistas que, na figura de "vassalos da Besta", responderão satisfatoriamente a todos os apelos de ordem animalizada.
Entretanto, não penseis que os "direitistas" sejam aqueles que apenas se colocam rigorosamente sob uma insígnia religiosa ou uma disciplina iniciática; eles serão reconhecidos principalmente pelo seu espírito de universalidade fraterna e de simpatia para com todos os esforços religiosos bem intencionados. Pouco lhes importam os rótulos, as bandeiras ou os postulados particularistas de sua própria religião ou doutrina espiritualista; facilmente se congregam aos esforços coletivos pelo bem alheio, sem lhes indagar a cor, a raça, os costumes ou preferência espiritual. São desapegados de proventos materiais, desinteressados de lisonjas e despreocupados para com as críticas de suas ações; obedecem apenas à índole de amar e servir! Colocam acima de qualquer feição personalista as regras crísticas do "amai-vos uns aos outros" e "fazei aos outros o que quereis que vos façam". Esse grupo dos "poucos escolhidos" entre os "muitos chamados", será a verdadeira falange de ação do Cristo no vosso mundo, na hora desesperadora que se aproxima. Esse pugilo de almas coesas, decididas e indenes de preconceitos e premeditações sectaristas, sobreviverá à fermentação das paixões animais superexitadas sob a influência magnética do planeta inferior.
Terceiro Milênio
Abrir-se-ão as portas da Era de Aquário. Evento esperado com júbilo pelos homens de bem, abrirá também os corações para o Amor em sua plenitude.
A verdade sobre a origem do homem terrestre, como ser cósmico, será restabelecida através da intensificação do intercâmbio com seres de outros astros. O desenvolvimento mental surpreenderá a humanidade, uma vez superados os empecilhos morais que lhe dificultam o progresso. Das ruínas do ódio, reconstruirão os homens um mundo novo onde os povos de todos os quadrantes erguerão a bandeira da fraternidade. Uma nação única aniquilará as demarcações de fronteiras hoje existentes e a geografia do Orbe se reduzirá aos contornos dos continentes e arquipélagos ao longo dos oceanos. As novas cidades terão concepções futuristas e não abrigarão população numerosa. Todos, sem exceção, terão assegurados os direitos à moradia e à educação.
O homem não terá maiores problemas na área de saúde, de vez que, exercitando o Amor e tendo aprendido a dominar a mente, por si só serão erradicadas as causas das enfermidades que assolam o Planeta em seu estágio atual.
Os grandes obstáculos e dificuldades surgidos em função das destruições ensejarão oportunidades novas de trabalho e treinamento mental, com vistas à reedificação do Planeta dentro de uma visão moderna, prática e higienizada, além da apresentação de padrões visuais mais harmônicos e agradáveis.
Quanto ao futuro do homem, em seu aspecto moral, as transformações dar-se-ão de dentro para fora, apesar de estimulados por fatores externos e acontecimentos inusitados, previstos para o final deste século e início do próximo.
Os agentes causadores da destruição moral do Orbe estarão perdendo força face à atuação mais ostensiva da Espiritualidade, durante o final do processo de seleção a que está sendo submetida a humanidade, de modo que a civilização terráquea passe a vibrar dentro de padrões de Harmonia e Paz.
Assim, o homem do Terceiro Milênio possuirá um coração vazio de ódio e repleto de Amor e Esperança. Os homens que na Terra viverão, na Era de Aquário, hão de transformar a humanidade numa única família e o Planeta numa grande Escola de Instrução Superior para o Espírito, iniciando-os no estudo do Cosmos, e ampliando seus conhecimentos sobre as Leis Morais da Vida.
Não haverá tristeza nem dor moral a abater-se sobre os novos homens, pois a Lei do Amor regerá o Planeta e todos se preocuparão com a felicidade de todos. A paz enfim reinará sobre a Terra.
Se com essas perspectivas vos sentirdes tocados no mais íntimo dos vossos sentimentos será porque estais sendo convocados a participar dos trabalhos da reconstrução dessa nova Terra, cujas atividades se iniciam hoje, já! Despertai para os valores espirituais e confrontai com os que até então têm norteado vossas vidas, avaliando o impacto do resultado de cada um desses valores, e vereis que vossa opção se fará pelo Bem. Tereis o apoio das Forças Superiores e estareis protegidos de todo o mal, hoje e sempre.
Ramatis
Mensagem extraída do site do Grupo de Estudos Ramatis.
http://www.geocities.com/Area51/Quasar/1019/TRenova.htm
Emigrações e Imigrações dos Espíritos
No intervalo de suas existências corpóreas, os Espíritos estão no estado de erraticidade, e compõem a população espiritual ambiente do Globo. Através das mortes e dos nascimentos estas duas populações contribuem incessantemente uma para a outra. Há, pois, diariamente emigrações do mundo corpóreo para o mundo espiritual, e imigrações do mundo espiritual para o mundo corpóreo: é este o estado normal.
Em certas épocas, reguladas pela sabedoria divina, essas emigrações e imigrações se operam em massas mais ou menos consideráveis, em conseqüência das grandes revoluções que fazem partir ao mesmo tempo quantidades inumeráveis, as quais são logo substituídas por quantidades equivalentes de encarnações. É preciso portanto considerar os flagelos destruidores e os cataclismos como ocasiões de chegada e de partidas coletivas, meios providenciais de renovar a população corporal do Globo, de retemperá-la mediante a introdução de novos elementos espirituais mais purificados. Se nessas catástrofes há destruição de um grande número de corpos, não há senão vestes despedaçadas, mas nenhum Espírito perece: não fazem senão mudar de ambiente. Em vez de partirem isoladamente, partem em grande número. Eis toda a diferença. Pois, quanto a partir por uma causa ou por outra, não iriam deixar de fatalmente partir ou mais cedo ou mais tarde.
É notável como todas as grandes calamidades que dizimam as populações são sempre seguidas de uma era de progresso na ordem física, intelectual e moral, e, conseqüentemente, no estado social das nações em que ocorreram. É que elas têm por finalidade operar um remanejamento na população normal e atuante do Globo.
Essa transfusão que se opera entre a população encarnada e a população desencarnada de um mesmo globo opera-se igualmente entre os mundos, quer individualmente nas condições normais, quer em massa, em circunstâncias especiais. Há portanto emigrações coletivas de um mundo a outro. Delas resulta a introdução, na população de um globo, de elementos inteiramente novos; novas raças de Espíritos, vindo misturar-se às raças já existentes, constituem novas raças humanas. Ora, como os Espíritos jamais perdem aquilo que adquiriram, eles trazem consigo a inteligência e a intuição dos conhecimentos que possuem. Imprimem, por conseguinte, o caráter deles à raça corporal a que vêm dar vida. Para isto não têm necessidade de que novos corpos sejam criados especialmente para o seu uso; visto que a espécie corporal existe, acham-os já prontos para recebê-los. São pois simplesmente novos habitantes. Ao chegarem ao planeta, a princípio fazem parte de sua população espiritual, depois se encarnam como os demais.
Raça "Adâmica"
Foi uma dessas grandes imigrações, ou, se quiserem, uma dessas colônias de Espíritos, vindos de outra esfera, que deu origem à raça simbolizada na pessoa de Adão e, por esta razão, denominada raça adâmica. Quando surgiu, a Terra já era povoada desde tempos imemoriais, como a América quando aí chegaram os Europeus.
A raça adâmica, mais adiantada do que as que a haviam precedido na Terra, é com efeito a mais inteligente. É ela que impele todas as outras ao progresso. A Gênese nô-la mostra, desde a sua origem, industriosa, apta para as artes e as ciências, sem haver passado pela infância intelectual, o que não é próprio das raças primitivas mas que concorda com a opinião de que se compunha de Espíritos que já haviam progredido. Tudo prova que ela não é antiga na Terra e nada se opõe a que ela esteja aqui apenas há alguns milhares de anos, o que não estaria em contradição nem com os fatos geológicos nem com as observações antropológicas, tendendo, pelo contrário, a confirmá-las.
A doutrina que faz todo o gênero humano ter-se originado de uma única individualidade, há seis mil anos atrás, não é admissível no estado atual dos conhecimentos. As principais considerações que a contradizem, tiradas da ordem física e da ordem moral, se resumem nos pontos seguintes:
No ponto de vista fisiológico, certas raças apresentam tipos peculiares característicos que não permitem que se lhes atribua uma origem comum. Há diferenças que não são evidentemente efeito do clima, visto que os brancos que se reproduzem na terra dos negros não ficam negros, e reciprocamente. O ardor do sol queima e escurece a epiderme, mas jamais transformou um branco em um negro, achatou o nariz, mudou os traços da fisionomia e tornou encarapinhados e duros os cabelos longos e sedosos. Sabe-se hoje que a cor do negro provém de um tecido especial subcutâneo próprio da raça.
Deve-se pois considerar as raças negra, mongólica ou caucásica como possuindo uma origem própria e como tendo surgido simultaneamente ou sucessivamente em diferentes partes do Globo. Seu cruzamento produziu as raças mestiças, secundárias. Os caracteres fisiológicos das raças primitivas são índice evidente de que elas provêm de tipos especiais. As mesmas considerações existem portanto para o Homem como para os animais, quanto à pluralidade dos troncos genealógicos.
Adão e seus descendentes são representados na Gênese como homens essencialmente inteligentes, visto que desde a segunda geração construíram cidades, cultivaram a terra, trabalharam os metais. Os seus progressos nas artes e nas ciências foram rápidos e mantiveram-se sempre. Não se poderia conceber, pois, que esse tronco tivesse por descendentes povos numerosos tão atrasados, de inteligência tão rudimentar que até hoje se igualam aos animais; que houvessem perdido todos os vestígios até a menor recordação tradicional do que faziam os seus pais. Uma diferença tão radical nas apitdões intelectuais e no adiantamento moral atesta, com não menos evidência, uma diferença de origem.
Independentemente dos fatos geológicos, a prova da existência do homem na superfície da Terra anteriormente à época fixada pela Gênese foi tirada da população do Glogo.
Sem falar na cronologia chinesa que remonta - dizem - a trita mil anos, documentos mais autênticos atestam que o Egito, a Índia e outras regiões eram povoadas e florescentes pelo menos três mil anos antes da era cristã, mil anos, por conseguinte, depois da criação do primeiro homem, segundo a cronologia bíblica. Documentos e observações recentes hoje não deixam dúvida alguma quanto às relações que existiram entre a América e os antigos egípcios. Donde é forçoso concluir que aquela região já era povoada naquela época. Seria preciso, pois, admitir que em mil anos a posteridade de um único homem pôde abranger a maior parte da Terra. Ora, uma tal fecundidade seria contrária a todas as leis antropológicas.
Doutrina dos Anjos Decaídos e do Paraíso Perdido
Os mundos progridem fisicamente pela elaboração da matéria, e moralmente pela purificação dos Espíritos que nele habitam. A felicidade neles existe em razão da predominância do bem sobre o mal, e a predominância do bem é resultado do adiantamento moral dos Espíritos. O progresso intelectual não é suficiente, já que com a inteligência eles podem praticar o mal.
Quando portanto um mundo atinge um de seus períodos de transformação que deve fazê-lo ascender na hierarquia, operam-se mutações na população encarnada e na desencarnada. É então que têm lugar as grandes emigrações e imigrações. Aqueles que, malgrado sua inteligência e seu saber, preseveraram-se no mal, em sua revolta contra Deus e contra suas leis, seriam dali por diante um entrave para o progresso moral ulterior, uma causa permanente de perturbação da felicidade dos bons. É por isso que dele são excluídos e enviados para mundos menos adiantados. Ali aplicarão a sua inteligência e a intuição dos conhecimentos adquiridos no progresso daqueles entre os quais foram chamados a viver, ao mesmo tempo que expiarão, numa série de existências penosas e através de trabalho árduo, as faltas passadas e o seu endurecimento voluntário.
O que serão no seio dessas tribos, novas para eles, ainda na infância da barbárie, senão anjos ou Espíritos decaídos enviados em expiação? A terra do qual foram expulsos não é para eles um paraíso perdido? Não fora para eles um lugar de delícias em comparação com o ambiente ingrato onde vão achar-se relegados durante milhares de séculos, até ao dia em que tiverem merecido o seu resgate? A vaga lembrança intuitiva que dela conservam é para eles como miragem longínqua que os faz recordar aquilo que perderam por culpa própria.
Mas ao mesmo tempo que os maus partem do mundo em que habitavam, são substituídos por Espíritos melhores, vindos quer da erraticidade desse mesmo mundo, quer de um mundo menos adiantado do qual merecem sair, e para os quais a sua nova morada é uma recompensa. Sendo a população espiritual assim renovada e expurgada de seus piores elementos, no fim de algum tempo o estado moral do mundo se acha melhorado.
Estas mutações são por vezes parciais, isto é, limitadas a um povo, a uma raça, e doutras vezes são gerais, quando chega para o globo o período de renovação.
A raça adâmica tem todas as características de uma raça proscrita. Os Espíritos que dela fazem parte foram exilados na Terra, que já era povoada mas de homens primitivos, mergulhados na ignorância, aos quais tiveram por missão fazer progredir trazendo consigo as luzes de uma inteligência desenvolvida. Não é este, com efeito, o papel que essa raça tem desempenhado até hoje? A sua superioridade intelectual prova que o mundo de onde vieram era mais adiantado do que a Terra. Mas, devendo esse mundo entrar numa nova fase de progresso e não tendo esses Espíritos, devido à sua obstinação, sabido colocar-se à altura dele, ali teriam ficado deslocados, constituindo-se um entrave ao curso providencial das coisas. É por isso que foram excluídos enquanto outros mereceram substituí-los.
Relegando essa raça para esta terra de trabalho e de sofrimentos, Deus teve razão em dizer: "Ganharás o teu sustento com o suor de teu rosto". Em sua mansidão prometeu que lhes enviaria o Salvador, isto é, aquele que deveria esclarecê-los no caminho a seguir para sair desse lugar de misérias, desse inferno, e alcançar a felicidade dos eleitos. Este Salvador Ele o enviou na pessoa do Cristo, que ensinou a lei do amor e da caridade desconhecida para eles e que deveria ser a verdadeira tábua de salvação.
É igualmente com a finalidade de fazer avançar a Humanidade num determinado sentido que Espíritos superiores, sem possuírem as qualidades do Cristo, se encarnam de tempos a tempos na Terra para aqui cumprirem missões especiais que são ao mesmo tempo proveitosas para o seu adiantamento pessoal, caso as desempenhem de acordo com os objetivos do Criador.
Sem a reencarnação, a missão do Cristo seria um contra-senso, assim como a promessa feita por Deus. Suponhamos, com efeito, que a alma de cada pessoa seja criada por ocasião do nascimento de seu corpo e que ela nada faça a não ser aparecer e desaparecer na Terra. Não haverá nenhuma relação entre aquelas que vieram desde Adão até Jesus Cristo nem entre aquelas que vieram depois. São todas estranhas umas às outras. A promessa de um Salvador feita por Deus não poderia aplicar-se aos descendentes de Adão se as suas almas ainda não estivessem criadas. Para que a missão do Cristo pudesse prender-se às palavras de Deus, seria necessário que elas pudessem ser aplicadas às mesmas almas. Se estas almas forem novas não poderão estar maculadas pela falta do primeiro pai, que não é senão o pai carnal e não o pai espiritual. Do contrário, Deus teria criado almas maculadas por uma falta que não poderia ser apagada nelas, visto que essas almas não existiam. A doutrina vulgar do pecado original implica, pois, na necessidade de uma relação entre as almas do tempo do Cristo com as do tempo de Adão, e, por conseguinte, na reencarnação.
Suponha-se que todas essas almas fizessem parte da colônia de Espíritos exilados na Terra no tempo de Adão, e que elas estivessem maculadas por vícios que fizeram com que fossem excluídos de um mundo melhor, e tereis a única interpretação racional do pecado original, pecado próprio de cada indivíduo e não o resultado da responsabilidade da falta de um outro que ele jamais conheceu. Suponha-se que estas almas ou Espíritos renascem diversas vezes na Terra para a vida corpórea, para progredir e purificar-se; que o Cristo veio esclarecer estas mesmas almas não somente quanto a suas vidas passadas, mas quanto às suas vidas ulteriores, e só então dareis à sua missão um objetivo real e sério, aceitável pela razão.
À primeira vista, a idéia de queda parece em contradição com o princípio pelo qual os Espíritos não podem retrogradar. Mas é preciso considerar que não se trata absolutamente de um retorno ao estado primitivo. O Espírito, embora numa posição inferior, nada perde daquilo que já adquiriu. Seu desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo qualquer que seja o meio em que se ache colocado. Está na posição do homem do mundo, condenado à prisão por seus crimes. Certamente ele se acha degradado, decaído no ponto de vista social, mas não se torna nem mais estúpido nem mais ignorante.
(Extraído da obra "A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo" - Allan Kardec)
http://www.geocities.com/Area51/Quasar/1019/TEmig.htm
Irmãos das Estrelas
"Quando surge algo novo que fica apenas um ou dois degraus acima de onde estamos, não nos é difícil fazer a pequena transição para cima, mas, se surge algo que está muitos degraus acima do nosso nível atual de compreensão, então a mente humana se rebela contra a transição. Nossas mentes sentem-se seguras e confortáveis no degrau inferior da escada. O poder da mente humana de fechar suas portas para o indesejado, o desconhecido e o temor do que é estranho demais, tem sido comprovado ao longo de toda a história, especialmente a história da ciência. Hoje isto está evidenciado na relutância em aceitar a realidade dos fenômenos dos OVNIs."*
(Dr. J. Allen Hynek)
A existência de seres extraterrestres é fato inquestionável em nossos dias, não só pela enorme incidência de aparecimentos e contatos em todo o planeta, pois bastaria refletirmos um pouco na vastidão do universo e na infinidade de planetas nele existente, e, pela lógica, chegaríamos à conclusão que jamais em um Universo de proporções tão vastas, fosse a Terra o único planeta provido de vida, e nós, seres humanos, as únicas formas de vida privilegiadas com a inteligência, isso levando-se em conta apenas a dimensão da matéria mais densa (como a nossa), pois, sem dúvida, ela existe também em dimensões mais sutis do que a que conhecemos através de nossos sentidos físicos, porque Deus certamente não criaria mundos apenas para que ficassem pairando no espaço.
São os mundos, portanto, os ambientes propícios ao surgimento e à evolução da vida, seguido da manifestação do pensamento e ao conseqüente progresso das consciências humanas que, em determinada etapa evolutiva, passam a povoá-los, de acordo com o plano traçado pela Providência divina. Constituem estes ambientes etapas de uma verdadeira escola, onde estas consciências têm sua iniciação evolutiva através das dimensões formadas por matéria mais densa, das quais, através do esforço próprio em assimilar o aprendizado contido em cada etapa e vencer suas limitações, emancipam-se, conquistando o direito de transcender e seguir naturalmente para dimensões constituídas por matéria cada vez mais sutil, propiciando, desta forma, ao ser que progride, o acesso a ambientes onde sua existência passa a transcorrer de forma cada vez mais leve, livre e feliz.
Podemos portanto, apenas para fins comparativos, estabelecer a existência de uma escala evolutiva dimensional diretamente relacionada à escala atribuída por Kardec às diversas categorias de mundos habitados, composta por várias dimensões, a qual segue das dimensões mais densas, como a que habitamos atualmente, para as mais sutis, onde os espíritos fazem uso de corpos de matéria mais sutil, imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, chegando a níveis essenciais, onde a utilização de corpos, por mais sutis que sejam, deixa de ser necessária, pois os seres conquistam o direito de viverem a realidade de suas essências, passando a existir puramente como energia, ou luz, quando, então, transcendem também a necessidade de habitarem mundos, da forma como estamos habituados a considerá-los, passando a vivenciar a maravilha de poderem habitar e estar no universo todo, a todo tempo.
A evolução dentro desta escala se processa de acordo com o crescimento moral e através do esforço de cada ser no sentido de compreender as leis universais, que têm como base a lei do amor e do auxílio ao nosso próximo, como nos ensinaram Jesus e tantos outros mestres que por amor se submeteram a encarnações em nosso planeta.
Partindo deste princípio, nada mais natural do que aceitarmos o fato de que seres provenientes de outros mundos, já mais evoluídos do que o nosso, venham nos auxiliar em momentos difíceis como o que estamos passando atualmente, onde a humanidade encaminha-se a passos largos à degeneração devido a escolhas infelizes por parte da maioria, pois, nada mais estão fazendo nossos irmãos superiores do que cumprindo desígnios maiores e universais, que são, como já mencionamos, a lei do amor e do auxílio ao próximo.
Muitos seres provenientes das mais diversas localidades do Universo vêm, há milhões de anos, acompanhando a evolução natural do planeta Terra e das consciências que o habitam, trabalhando e auxiliando no aprimoramento das espécies vegetais, animais e bem como no aperfeiçoamento dos veículos físicos utilizados pelas consciências em seu aprendizado terreno.
Muitos mais, porém, passaram a atuar em nosso ambiente planetário no decorrer deste século que findou, devido ao delicado momento pelo qual passa o planeta, conhecido por “transição planetária”, onde a Terra vem passando da condição de “mundo de expiações e provas”, para mundo regenerador, passando, conseqüentemente, também por uma sutilização vibratória e dimensional.
Estes irmãos que ora nos assistem procedem de mundos onde atualmente impera uma vida mais harmoniosa e feliz do que a que conhecemos na atual fase em nosso planeta. São movidos a atuarem aqui por diversos motivos, dentre eles seu próprio aperfeiçoamento através da prática da lei do amor para com o próximo que se encontra em condições deficitárias - nós, seres humanos -, e também pela intenção de auxiliar o progresso (e “resgate” no sentido de redenção) daqueles seus entes queridos que, no passado, deixaram seus orbes exilados para o planeta Terra, onde, há milênios, vêm buscando a redenção e a possibilidade de retornarem para estes mesmos orbes de origem e ao convívio daqueles que amam.
Através das potentes energias positivas que trazem e passam a doar em prol do planeta, buscam auxiliar na elevação vibratória da humanidade, visando despertar os seres humanos e desta forma auxiliá-los a compreender e alterar em tempo hábil a terrível possibilidade de autodestruição com a qual se defronta o homem, fruto da atuação descontrolada de seu próprio ego.
São irmãos que já caminharam pelas estradas que hoje caminham os seres humano, muitas vezes, aprendendo as lições também pela dor, pois também cometeram erros no passado, e a dor faz parte do progresso de todos os Espíritos, os quais, criados simples e ignorantes, tornam-se vítimas de sua própria ignorância, só aprendendo após observarem e sentirem que não deveriam desta ou daquela maneira caminhar. São, portanto, irmãos que passaram pelo mesmo burilamento que ora passamos nós humanos.
A maioria destes seres integra organizações e alianças universais de auxílio a civilizações necessitadas, sendo comum deixarem seus planetas de origem, viajando para diversas missões de auxílio, muitas vezes em planetas onde encontram-se grandes afetos. Muitos pedem também missões em planetas onde exige-se muita abnegação junto a Espíritos rebeldes e perdidos no mal. Já outros buscam servir nas mais diversas áreas do conhecimento humano, como por exemplo a política, a educação, a ciência, a medicina, etc., variando de acordo com as necessidades do orbe para onde se deslocam.
São seres procedentes de diversas dimensões, porém sempre mais sutis do que a encontrada na Terra, em cujos locais de origem se unem por verdadeira afinidade e afeição, buscando criar soluções de auxílio a outros mundos. A força mental e o amor nestes seres já são fatores bastante desenvolvidos, sendo em muitos casos através destas forças que criam (materializam de acordo com a dimensão que habitam) os corpos sutis utilizados por eles em suas existências.
Apesar da individualidade ser um fator ainda existente, a personalidade já não mais ocorre, propiciando o deslocamento da atenção de cada indivíduo de si próprio para a coletividade do grupo, o que propicia a formação de uma união mais real e duradoura, trocando o EU pelo NÓS.
Esta união ocorre em grupos semelhantes às famílias terrenas, nos quais porém, seus membros são imbuídos dos mesmos objetivos, uns apoiando os outros, elevando-se juntos em aprendizado, encontrando verdadeira satisfação no auto-aprimoramento e no trabalho de auxílio aos povos menos favorecidos
De acordo com os objetivos e direcionamento tomados, diferentes grupos vão se unindo, e, com isto, ampliam suas possibilidades de realização, fator que confirma a afirmação do mestre Jesus, que disse que um dia haverá “um só rebanho e um só Pastor”, pois todos estarão plenamente integrados pelos pensamentos superiores que serão comuns a todos e pelo amor verdadeiro que ligará os corações.
São portanto os grupos que passam a buscar e realizar, e não mais as individualidades, que, mesmo quando em localidades diferentes, continuam unidas pelo pensamento idêntico, pela comunicação mental permanente e também pelo amor que permeia seus corações, partes de um mesmo e grande ser, consciente e atuante em cada indivíduo da coletividade.
A partir de um determinado patamar evolutivo atingido pelo aprimoramento constante de cada ser e grupo, o potencial de realização vai se tornando de tal forma grande, que estes seres passam a trabalhar como intermediários entre Deus e os mundos físicos, cumprindo os desígnios divinos de criação, preservação e transformação dentro do universo, sejam estes desígnios referentes ao desenvolvimento de uma espécie de ser vivente, à criação de um planeta, de uma estrela ou de uma galáxia.
Buscando novamente referências na obra “Mensagens do Astral", encontramos a identificação feita por Ramatis a estes grupos de seres como “Engenharia Sideral”. Nesta obra, Ramatis nos passa uma idéia do potencial realizador destes seres e de como atuam eles dentro da criação.
Finalizando então este tópico, vejamos a seguir alguns trechos da obra acima citada, a qual é composta por respostas de Ramatis às perguntas feitas pelo médium Hercílio Maes.
PERGUNTA: - Qual a idéia que poderíamos fazer dos Engenheiros Siderais e de suas atividades?
RAMATIS: - Os Engenheiros Siderais são entidades espirituais de elevada hierarquia no Cosmos, as quais interpretam e plasman o pensamento de Deus na forma dos mundos e de suas humanidades. Através da ação dinâmica do Verbo - que podeis conceituar como pensamento "fora de Deus" - aquilo que permaneceria emcondições abstratas na Mente Divina revela-se na figura de mundos exteriores. Embora saibas que o pensamento do Onipotente é o princípio de todas as coisas e seres, pois "no princípio era o Verbo, e o Verbo era Deus", como elucida João Evangelista, existem os elos intermediários entre o "pensar" e o "materializar" divino, que se constituem de leis vivas, operantes e imutáveis, que dão origem à matéria e à energia condensada. Esses conjuntos e leis vivas são os Engenheiros Siderais ou Espíritos Arcangélicos, que apreendem o pensamento divino e o revelam no plano denso da Criação, proporcionando até a vida microscópica, para formação das consciências menores. Essas entidades são dotadas do poder e da força criadora do "sexto plano cósmico", no qual se disciplina a primeira descida dos espíritos virginais a caminho da matéria, através das sete regiões da ascensão angélica. Como os mais altos intermediários do pensamento incriado do Absoluto, até se plasmar a substância física, os Arcanjos Siderais consolidam os mundos e os alimentam em suas primeiras asuras constelatórias ou planetárias, assim como as aves aconchegam os seus rebentos sob o calor afetuoso do amor materno. Todas as formas de vida estão impregnadas dos princípios espirituais; tudo tem alma e tudo evolui para estados mais sublimes, desde o elétron que rodopia no seio do átomo até às galáxias que giram envolvidas pelos poderosos "rios etéricos", que as arrastam como paina de seda ao sabor da consciência humana.
A separatividade é grande ilusão, uma aparência própria da ignorância humana, que está situada nos mundos materiais, pois o sonho de Ventura é um só para todos!
Os Engenheiros Siderais, ou Arcanjos da mais alta hierarquia cósmica, como entidades super-planetárias, ainda condensam e avivam o espírito descido até o microcosmo e ativam-lhe a dinâmica ascencional.
PERGUNTA: - Poderíeis descrever-nos a figura dessas entidades superplanetárias?
RAMATIS: - Impossível é descrevê-las em sua exata estrutura e morfologia sideral, porque na forma do vosso mundo não há qualquer idéia capaz de identificá-las como Espíritos cujas auras se extravasam além dos orbes ou das constelações a que dão forma, ao mesmo tempo que presidem à ascensão de todas as coisas e seres para a Ventura Eterna. Talvez fosse possível à gota d'água descrever o seu mundo, que é o oceano, por encontrar-se ainda ligada ao meio líquido; no entanto, teria de fracassar lamentavelmente se lhe pedissem que descreves o espírito do oceano!
PERGUNTA: - Qual seria uma idéia aproximada, para entendermos como esses Engenheiros Siderais, ou Anjos Planetários, operam na figura de intermediários entre Deus e os mundos físicos?
RAMATIS: - Esforçando-se para que chegueis a uma compreensão aproximada do seu modo de agir desde o potencial do Pensamento Original Divino, pedimos que simbolizeis Deus, o Absoluto que é a Fonte Máxima de energia do Cosmo, em algo semelhante a uma usina central, da Terra, que produz carga elétrica primária e virgem, em alta tensão, num potencial de 50.000 volts. É óbvio que, em virtude da multiplicidade de aparelhamentos heterogêneos que vivem na dependência desse potencial energético, há necessidade de ser a corrente elétrica graduada na voltagem adequada à exigência restrita de cada coisa ou objeto. O modesto fogareiro doméstico, que se contenta com apenas 110 volts, não suportaria o potencial de 50.000 volts; mesmo os motores de 220 ou mais volts fundir-se-iam sob o impacto direto da força produzida pela usina central. No entanto, a técnica humana construiu complexo e extenso aparelhamento que, na figura de condensadores e transformadores, interpõem-se entre a usina e o fogareiro doméstico, abrandando pouco a pouco a poderosa corrente virgem, desde os poderosos motores das indústrias gigantescas até o modesto motor de máquina de costura, cada um contemplado com a sua cota de energia útil e suportável.
Indubitavelmente, os transformadores que se colocam sob os primeiros impactos, na alta voltagem da usina produtora, também devem possuir maior capacidade de suportação e de receptividade, a fim de não desperdiçarem o potencial mais vigoroso e poderem graduá-lo como energia de baixa tensão. Sob essa disposição preventiva da técnica humana, operam-se duas soluções inteligentes e lógicas: - economia de força, aplicada só ao gasto necessário, e a suportação exata na conformidade receptiva de cada elemento eletrificado. É óbvio que o modesto aparelho elétrico, de barbear, ignora a complexa multiplicidade de operações que o antecederam no curso da energia, reduzindo-se até à modesta cota de força para mover sem perigo o seu delicado maquinismo! Assim também ocorre convosco: ignorais, na realidade, a complexidade de consciências e de valores espirituais que se enfileram no Cosmo, absorvendo e reduzindo o "Potencial Virgem" do Criador, para que o vosso espírito se situe na percepção consciencial humana e possa recepcionar o "quantum" exato de luz que deve alimentar-vos o psiquismo e a noção diminuta de "ser" ou de "existir". Assemelhai-vos ao singelo aparelho de barbear, que vive um mundo de emoções com apenas 110 volts de energia elétrica, e ignora o abrandamento dos 50.000 volts, que a usina produz para verdadeira corrente de sua vida mecânica.
Também viveis a sensação de uma "consciência total", apenas com um modesto sopro de energia cósmica, mas comumente ignorais a assombrosa Usina Divina, que é verdadeira fonte criadora do potencial do vosso singelo viver humano! Assim como o modesto aparelho de barbear se fundiria sob uma carga potentíssima além de sua capacidade mecânica, os vossos espíritos desagregar-se-iam, retornando à fusão no Cosmo, se fossem submetidos diretamente ao potencial virgem e poderoso da consciência criadora da Vida, que é Deus! A alma deve crescer conscientemente em todos os sentidos cósmicos, a fim de desenvolver a sua capacidade e suportar a progressiva voltagem de energia transmitida pelos transformadores arcangélicos, que lhe sucedem indefinidamente em potencial cada vez mais alto.
* O trecho encontrado no início deste tópico foi extraído da obra "Alienígenas Entre Nós", de Ruth Montgomery, publicada pela editora Nova Era.
http://www.geocities.com/Area51/Quasar/1019/TIrmaos.htm
Reforma Íntima e Harmonização Interior
(...) "Mas quais as faltas de que a Humanidade seria culpada para merecer uma sorte tão triste no presente e no futuro, se toda ela estivesse na Terra e a alma não tivesse outras existências? Por que tantos escolhos semeados no seu caminho? É assim que, com a unicidade da existência estamos incessantemente em contradição com nós mesmos e com a justiça Divina. Com a anterioridade da alma e a pluraridade dos mundos, o horizonte se alarga, iluminam-se os pontos mais obscuros da fé, o presente e o futuro se mostram solidários com o passado, e somente assim podemos compreender toda a profundidade, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo."
(Extraído da obra "O Evangelho Segundo o Espiritismo" - Allan Kardec)
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"Os súbitos cataclismas que ocorrem na natureza, provocando devastações e sofrimento em massa, não são "atos de Deus". Tais desastres resultam dos pensamentos e ações do homem. Sempre que o equilíbrio vibratório mundial entre o bem e o mal for perturbado por um acúmulo de vibrações nocivas, resultantes de maus pensamentos e más ações do homem, vocês presenciarão calamidades."
"As guerras não são ocasionadas por fatídica ação divina, mas pela propagação do egoísmo materialista...Quando o materialismo predomina na consciência do homem, há uma emissão de raios negativos sutis; seu poder acumulado perturba o equilíbrio elétrico da natureza e então acontecem terremotos, enchentes e outros desastres."
Paramahansa Yogananda
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Às vezes, temos em mente que é mais fácil ficar na ilusão do que enfrentar-se a si mesmo. Pode nos parecer infinitamente melhor não ajustar-se às leis de Deus e, em nosso desajuste, a porta nos parece larga. Quando, ao contrário, nos ajustarmos, teremos que estar do “tamanho” certo para passar pela ilusão e adentrar a porta estreita, aquela que nos leva à vida. O preparo que nos possibilita ver a realidade existente além dos sentidos físicos é geralmente nada convencional, e nos leva a hábitos completamente diferentes dos que estamos acostumados a presenciar, como por exemplo a maneira de se alimentar, de se relacionar, e boa parte daquilo que podemos chamar de “rituais diários”.
Na Terra, no período da transição, ainda imperam os estímulos ao largo caminho. Isso ocorre toda vez que uma pessoa dá mais valor ao que é material do que ao seu verdadeiro eu, achando encontrar na larga porta da ilusão (larga porque num mundo de expiações a ilusão é abundante) mais facilidades que se traduzem através do prazer ao se adquirir “algo”. Enquanto isso, o homem sábio que procura interiorização e plenitude em Deus lhes parece uma grande incógnita. Inconscientes, desconhecem o quanto é perdurável, interminável, inesgotável e infinitamente mais satisfatória a luz do Amor do Pai Criador.
Uma vez que a transição é a mudança e o objetivo é a evolução, como podemos aproveitar a transição vibratória se não mudamos nosso interior? É necessário mudar para evoluir e sabemos que é muito mais fácil realizar mudanças em ambientes propícios.
A Terra passa por uma transição vibratória evolutiva em que todas as situações estão mais rápidas para que os seres percebam-na e possam também entrar em transição. Assim, harmonizar-se é a única maneira de manter-se em um ambiente que se harmoniza e vocês, hoje encarnados na Terra, têm esta chance primeiramente do que os que não estão, tendo a felicidade de poder presenciar e utilizar-se do momento de transição para o próprio aprimoramento e crescimento espiritual, do que unicamente dependerá sua permanência em um ambiente reformado e mais harmonioso.
O esforço é conquistar a vibração necessária para continuar nesta casa que está se reformando todos os dias, pouco a pouco.
Somente conseguindo elevar nossa própria vibração é que conquistamos o direito de acessar níveis superiores de consciência, pois o nível consciencial em que nos encontramos está diretamente ligado ao tipo de vibração com a qual nos mantemos sintonizados.
Aí está a importância da constância no trabalho para a elevação de nossa própria vibração, pois, no atual estágio evolutivo em que nos encontramos, a maioria dos seres humanos, muitas são as ilusões que mantém nossa vibração no nível vibratório médio da humanidade, o qual, convenhamos, ainda não é dos melhores, como podemos observar, por exemplo, através dos inúmeros conflitos armados que encontramos atualmente em nosso planeta, frutos do egoísmo e da ganância humana, ou através dos gostos fúteis e paixões que movem os interesses da maioria, refletidos neste grande painel que é a mídia, onde, sem generalizar, podemos encontrar uma programação carregada de violência e banalidades como a sensualidade.
A vibração e bem como o nível de consciência em que nos encontramos, estão diretamente ligados àquilo que se passa em nosso interior, ou seja, nossas atitudes mentais, nossos sentimentos e seus reflexos diretos que são nossas palavras e ações. São basicamente estes padrões que formam nossa própria vibração e servem de medida para nosso próprio nível consciencial. É através de nossos próprios exemplos de vida que transparecemos aquilo que realmente somos e em que estado se encontra nosso interior.
Cada pensamento, cada sentimento, palavra e ação são fatos geradores de energias, as quais, além de serem enviadas na direção do objeto ou pessoa a que se destinam, passam a compor nosso campo vibratório. Daí, concluímos que, se os pensamentos, sentimentos, palavras e ações que praticamos forem de baixo teor ou qualidade, também de baixo teor será nossa vibração, a qual, portanto, é a resultante das energias geradas por nossos pensamentos, sentimentos, palavras e ações.
É a somatória do campo vibratório de cada indivíduo que compõe o campo vibratório que envolve um planeta, o qual, quando muito negativo, além de gerar comoções na própria humanidade, como por exemplo os inúmeros tipos de doenças desconhecidas, pode gerá-las também na natureza do próprio planeta, os chamados cataclismos.
Vem daí, portanto, a importância de buscarmos realizar uma verdadeira reforma íntima, cujo objetivo é a reforma de nossos padrões de comportamento, ( pensamentos, sentimentos, palavras e ações), para que nosso comportamento não mais afete negativamente a nós mesmos, nossos semelhantes e ao meio em que vivemos, o que, conseqüentemente, nos proporciona a elevação de nossa própria vibração.
É a reforma íntima, na verdade, a única forma de alterarmos os prognósticos referentes a nós e ao mundo em que vivemos, quitando karmas que trazemos desde vidas passadas e evitando a geração de novos com seus conseqüentes sofrimentos.
O objetivo desta reforma é a transmutação em nosso íntimo, de todos aqueles pensamentos e sentimentos daninhos e destrutivos, como o egoísmo, a maldade, a ganância, o orgulho, a inveja, o preconceito, a maledicência, etc., para que possamos desta forma instaurar em nossos corações o AMOR universal e incondicional a todos os seres vivos, pois é somente através do AMOR incondicional que poderemos construir a PAZ incondicional.
Para que possamos atingir este objetivo, o primeiro passo a ser dado é a mudança de nossas atitudes mentais, pois, como tudo no universo é fruto do pensamento Divino, é justamente na força criadora (ou destrutiva) de nosso pensamento que está nossa semelhança com o Criador, estando portanto em nossas atitudes mentais a chave de nosso próprio equilíbrio.
Sendo a mudança de nossas atitudes mentais a base de nossa reforma íntima, fundamental é que procedamos uma análise dessas atitudes mentais com relação ao mundo em que vivemos, nosso próximo e para conosco mesmos, eliminando todo o tipo de pensamentos negativos e perniciosos(...)
No decorrer do processo de reforma íntima, a partir de um determinado momento, principiamos a despertar e a adquirir consciência de nossa própria realidade como essências espirituais provenientes do Criador, passando naturalmente a almejar a harmonização e a religação com esta essência espiritual e com o próprio Criador. Para isto, é fundamental que prossigamos a nos orientar tendo por base a vida dos grandes mestres e avatares que por nosso mundo passaram, deixando em seu rastro luminoso os grandes exemplos de humildade e sabedoria, de renúncia e desprendimento da vida material, de serviço altruísta pela humanidade, e bem como de técnicas de harmonização que vão dos métodos devocionais, passando pelas práticas de yoga, concentração e meditação, até a utilização de plantas psicoativas para a expansão da consciência.
Swami Vivekananda em sua obra "Quatro Yogas de Auto-Realização", enfatizou a importância do trabalho de harmonização interior e da ligação com a essência espiritual da seguinte maneira: "O mundo externo não passa da forma grosseira do mundo interno, sutil. O mais fino é sempre a causa, o mais grosseiro é o efeito. O homem que descobre e aprende como manipular as forças internas, terá toda a natureza sob seu controle."
O despertar de nossas forças internas e de nosso potencial divino, vem através do autoconhecimento e da auto-realização da essência divina que habita nosso interior, a qual somente pode ser obtida através de uma persistente disciplina espiritual, o sadhana, ou "caminho interior", como nos ensina Sathya Sai Baba, da qual, dependendo da predisposição e do esforço próprio do praticante, é aconselhável que constem práticas como o cântico de mantras, as técnicas de yoga visando o aprimoramento de nossa concentração mental, a meditação e o desenvolvimento da projeção da consciência, ou projeção astral.
Em todas estas práticas, porém, são de fundamental importância a dedicação e a constância, conforme nos esclarece novamente Swami Vivekananda, na mesma obra acima citada: "A prática é absolutamente necessária. Podeis sentar-vos e ouvir-me uma hora por dia, mas se não praticardes, não adiantareis um só passo para a frente. Tudo depende da prática. Jamais compreenderemos essas coisas se não as experimentarmos. Temos que vê-las e senti-las por nós mesmos. Simplesmente ouvir explicações e teorias ou apenas nos basearmos pela experiência dos outros, nada adiantará.
(...) Irmãos de Órion
Conforme pudemos ver nos tópicos anteriores, o Universo é a “Casa do Pai”, onde existem as muitas moradas, ou mundos que oferecem tanto aos encarnados quanto aos desencarnados estações apropriadas ao seu adiantamento. Por elas transitam os justos, seres que conquistaram, por mérito e esforço próprio, o direito de percorrer e desvendar os mistérios desta grande casa que é o Universo.
Muitos destes seres, provenientes das mais diversas localidades do Universo vêm, há milhões de anos, acompanhando a evolução natural do planeta Terra e das consciências que o habitam, trabalhando e auxiliando no aprimoramento das espécies vegetais, animais e bem como no aperfeiçoamento dos veículos físicos utilizados pelas consciências em seu aprendizado terreno.
Muitos mais, porém, passaram a atuar em nosso ambiente planetário no decorrer deste século que findou, devido ao delicado momento pelo qual passa o planeta, conhecido por “transição planetária”, onde a Terra vem passando da condição de mundo de "expiações e provas”, para mundo "regenerador", passando, conseqüentemente, também por uma sutilização vibratória e dimensional.
Cumprindo desígnios superiores, estes seres colocam-se a serviço da Providência divina, buscando trabalhar pelo progresso das civilizações que, como a terrena, encontram-se ainda em estágios primários de consciência. Muitos para cá se deslocaram também movidos pelo amor que os liga a entes queridos, para cá exilados em épocas passadas ou que aqui se encontram em missões redentoras.
Por outro lado, muitos seres humanos estão atualmente passando por experiências extrasensoriais nas quais são contatados por seres extraterrestres, irmãos mais adiantados na escala evolutiva consciencial, provenientes de dimensões mais sutis e harmoniosas, onde habitam devido justamente à maior clareza consciencial conquistada relativamente ao estado consciencial humano. Existem muitas pessoas ao redor do mundo, devido ao próprio merecimento, passando por estas experiências, através das quais lhes são conferidos direitos de receberem e assimilarem preciosas orientações para sua própria melhoria e progresso, tendo também, dependendo de sua própria conduta, a oportunidade de propagá-las para auxiliar os irmãos encarnados. Estas orientações chegam principalmente através dos dons mediúnicos, dentre eles a psicografia, as canalizações, a intuição, a clarividência e a clariaudiência.
O aumento da incidência destes contatos extrasensoriais está diretamente ligado ao delicado momento da transição planetária e à sutilização dimensional, o que vem propiciando a abertura dos dons naqueles que os desenvolveram em existências passadas, os quais são novamente concedidos como uma nova chance ao trabalho retificador e para que sirvam também como mais uma maneira de impulsionar o despertar e o progresso humano neste momento tão importante.
Assim, mais fácil vem se tornando aos encarnados o contato com seres e dimensões superiores, o que, em futuro não muito distante, será algo mais comum na vida dos seres humanos, na medida em que melhor compreendido, aceito e trabalhado. Trabalhando melhor seus dons e tendo-os mais aflorados, poderão os seres humanos receber de forma mais direta as dádivas provenientes de esferas superiores, sejam estas dádivas, dentre outras, palavras amigas, conselhos reconfortantes, mensagens e canalizações orientadoras, e, principalmente, a energia benigna e retificadora que vem implícita nestes contatos, para que possam ser absorvidas e utilizadas em nosso próprio crescimento vibratório e consciencial.
Infelizmente, poucos são ainda aqueles que despertaram para a realidade universal do espírito humano, o qual, por já vir de longe em sua caminhada evolutiva, certamente já passou por diversas moradas nesta grande escola que é o Universo em que vivemos. Isto está relacionado ao pouco interesse e esforço que a maioria dos irmãos encarnados ainda dedica ao próprio aprimoramento espiritual, atribuído ao apego à matéria, e à ilusão gerada pela busca dos prazeres materiais, pelas limitações humanas, pelo dogmatismo e pelo fanatismo, fatores que, na verdade, vem servindo para prender e manipular a atenção humana, mantendo-a longe de desvendar as belezas da Criação e bem como de conhecer a realidade divina e universal do espírito humano. Este apego à matéria e a conseqüente manipulação da atenção humana faz com que muitas pessoas passem mesmo a rechaçar e a denegrir estes tipos de contatos extrasensoriais e aqueles a quem é possível mantê-los.
Desta forma vem sendo nosso contato com os "Irmãos de Órion", irmãos aos quais muito agradecemos pelas palavras amigas, mensagens e preciosos conselhos que vêm nos concedendo, mas, principalmente pela energia que a eles vem agregada, inspirando-nos e fortalecendo-nos em nossa caminhada terrena.
Foi através do trabalho harmonizador com a bebida sacramental Ayahuasca e do dom da mediunidade que começaram os contatos de forma mais direta com esta irmandade, quando conseguimos reconhecê-los como amigos queridos, mentores dedicados velando por nosso progresso na atual existência terrena.
Foi pensando em compartilhar as belas mensagens que passamos a receber e bem como os benefícios que têm nos trazido em termos de reflexão e orientação em nossa própria reforma íntima, que decidimos criar um espaço para divulgá-las. Aqui se encontram algumas das mensagens recebidas a partir do ano de 1999, muitas delas tratando de temas ligados à transição planetária. Outras, de assunto de extrema importância para a humanidade como, por exemplo, a questão energética, trazendo dicas de como captar e melhor utilizar a preciosa energia necessária às mudanças interiores e ao crescimento espiritual.
É comum ocorrer de generalizarmos aquilo que vemos a partir de uma primeira impressão, por isso, queremos esclarecer que as intenções destes irmãos não se resumem apenas a atuar e passar conhecimentos sobre a atual fase de transição planetária, mas sim, continuar presentes e ampliar sua atuação direta em nosso planeta confraternizando-se com os povos da Terra, aos quais, tanto estes irmãos, quanto diversas outras civilizações extraterrestres, pretendem ensinar sua maneira de viver, trazendo técnicas avançadas que ampliarão vertiginosamente o progresso humano em todas as áreas do conhecimento.
Assim deve ser, pois é chegada a hora do despertar do ser humano, que, com a gradual abertura consciencial que vem se verificando e deve se intensificar nos próximos anos, assistirá em breve tempo sua reintegração ao intercâmbio cultural e espiritual com estas civilizações irmãs que habitam o universo, tão ligadas e atuantes entre nós, apesar de ainda muito pouco percebidas e compreendidas. Tudo vai depender de nosso próprio crescimento espiritual, e do conseqüente merecimento em prosseguirmos neste planeta, ampliando nossa consciência e abrindo nossa percepção, para que possamos perceber e vivenciar as maravilhas da Fraternidade universal, a providência divina nos auxiliando e atuando por meio do amor que emana de nossos irmãos maiores.
Desta forma, esperamos que as mensagens a seguir sirvam para auxiliar a todos aqueles que buscam compreender um pouco mais a respeito da atual fase planetária, a respeito de nossos irmãos das estrelas e, principalmente, sobre si próprios.
Concluíndo esta introdução, deixamos aos amigos uma breve mensagem de nossos Irmãos, onde eles nos esclarecem o motivo das mensagens e a importância de sua divulgação:
A todos os queridos amigos:
O presente trabalho composto pelas mensagens que ditamos, surgiu da necessidade por parte dos irmãos receptores e ainda da amizade que existe entre nós, estabelecida desde tempos passados.
Com o passar do tempo e com a divulgação de nossas palavras, percebemos que novas amizades nasceram, pois através do trabalho das mensagens, muitos irmãos foram se acrescentando e ampliando nossa família de seres afins e, desta forma, fomos abençoados com a amizade de muitos dos irmãos com quem interagimos por meio da energia que imanta cada trabalho de desenvolvimento pessoal indicado através das mensagens.
Todas as mensagens aqui contidas possuem uma energia fornecida para o trabalho interno de entendimento consciente do irmão que procura o autoconhecimento e o auto-aprimoramento. Este trabalho traz ainda, a todos, o convite de reflexão e a possibilidade de extensão das amizades a um nível universal, onde barreiras físicas deixam de ser motivo para que o intercâmbio entre almas que vivem suas experiências em locais diferentes seja possível.
Além destes motivos felizes, queremos dizer que nos sentimos revitalizados na troca constante de informações que muito provavelmente encontram nos corações dos amigos uma maneira de germinar para, mais à frente, florescer em um mundo com conhecimento de paz, ou seja, um mundo capaz de transformar a paz em uma realidade cotidiana. Esta troca gera um bem de valor incalculável para aqueles que, como nós, podem recebê-lo.
Somos então agradecidos a todos que passam por aqui e enriquecem com sua energia feliz este trabalho de todos nós, que é a evolução e o alcance do bem maior: o Pai-Mãe Amado.
Irmãos de Órion.
Mensagem recebida em 01/02/2001.
http://www.geocities.com/Area51/Quasar/1019/Orion.htm
CAPELA
Dentre os vários contingentes de exilados trazidos para o planeta Terra, o caso mais vivo em nossa memória espiritual, talvez por ter sido o mais recente, é o dos exilados provenientes do sistema de Capela.
Conforme nos relata Ramatis em "Mensagens do Astral", obra psicografada por Hercílio Maes, "...temos à disposição em nosso mundo, literatura mediúnica que cita muitos casos de espíritos expulsos de outros orbes para a Terra, em fases de selecção entre o "trigo e o joio" ou entre os "lobos e as ovelhas", fases essas pelas quais tereis em breve de passar, para higienização do vosso ambiente degradado.
Entre os muitos casos de exílio que vosso mundo tem acolhido, ocorreram diversos casos isoladamente (em pequenos contingentes), e bem como emigrações em massa, como a proveniente do sistema de Capela, as quais constituíram no vosso mundo as civilizações dos chineses, hindus, hebraicos e egípcios, e ainda o tronco formativo dos árias. Esse é o motivo por que, ao mesmo tempo em que floresciam civilizações faustosas e se revelavam elevados conhecimentos de ciência e arte, desenvolvidos pelos exilados, os espíritos originais da Terra mourejavam sob o primitivismo de tribos acanhadas.
Ombreando com o barro amassado, das cabanas rudimentares do homem terrestre, foram-se erguendo palácios, templos e túmulos faustosos, comprovando um conhecimento e poder evocado pelos exilados de outros planetas."
"No vosso mundo, esses enxotados de um paraíso planetário constituíram o tronco dos árias, descendendo dele os celtas, latinos, gregos e alguns ramos eslavos e germânicos; outros formaram a civilização épica dos hindus, predominando o género de castas que identificava a soberbia e o orgulho de um tipo psicológico exilado. As mentalidades mais avançadas constituíram a civilização egípcia, retratando na pedra viva a sua "Bíblia" sumptuosa, enquanto a safra dos remanescentes, inquietos, indolentes e egocêntricos, no orbe original, fixou-se na Terra na figura do povo de Israel.
Certa parte desses exilados propendeu para os primórdios da civilização chinesa, onde retrataram os exóticos costumes das corporações frias, impiedosas e impassivas do astral inferior, muito conhecidas como os "dragões" e as "serpentes vermelhas".
Segundo Edgar Armond na obra "Os Exilados da Capela", "esta humanidade atual foi constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber:
- uma retardada, que veio evoluindo lentamente através das formas rudimentares da vida terrena, pela selecção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens, vamos dizer autóctones, componentes das raças primitivas das quais os "primatas" foram o tipo anterior melhor definido;
- e outra categoria, composta de seres exilados da Capela, o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos referimos, outro dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa, inconcebível e infinita criação universal."
"Esses milhões de ádvenas para aqui transferidos, eram detentores de conhecimentos mais amplos, e de entendimento mais dilatado, em relação aos habitantes da Terra e foi o elemento novo que arrastou a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de actividade construtiva, para o aconchego da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora."
"Essa permuta de populações entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de carácter selectivo; como também é fenómeno que se enquadra nas leis gerais da justiça e da sabedoria divinas, porque vem permitir reajustamentos oportunos, retomadas de equilíbrio, harmonia e continuidade de avanços evolutivos para as comunidades de espíritos habitantes dos diferentes mundos."
"Por outro lado é a misericórdia divina que se manifesta, possibilitando a reciprocidade do auxílio, a permuta de ajuda e de conforto, o exercício enfim, da fraternidade para todos os seres da criação. Os escolhidos, neste caso, foram os habitantes de Capela que deviam ser dali expurgados por terem se tornado incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída humanidade daquele orbe."
"Mestres, condutores e líderes que então se tornaram das tribos primitivas, foram eles, os exilados, que definiram os novos rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito."
Vamos prosseguir neste tópico com informações trazidas por Emmanuel em "A Caminho da Luz", obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, as quais nos proporcionam uma rápida ideia de como e em que regiões do planeta foram organizados os exilados provenientes de Capela.
O Sistema de Capela
Nos mapas zodiacais, que os astrónomos terrestres compulsam em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que nos são mais vizinhos, Capela é uma estrela inúmeras vezes maior que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por nós, à vista desarmada.
Na abóbada celeste está situada no hemisfério boreal, limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince; e quanto ao Zodíaco, sua posição é entre Gêminis, Perseu e Tauro. Na sua trajectória pelo Infinito, faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias do Ilimitado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se, desse modo, a regular distância existente entre Capela e o nosso planeta, já que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilómetros por segundo.
Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.
Um Mundo em Transições
Há muitos milénios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de civilização.
Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma acção de saneamento geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a edificação dos seus elevados trabalhos.
As grandes comunidades espirituais, directoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
Espíritos Exilados na Terra
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes.
Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração quotidiana e a sua vinda no porvir.
Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo um mundo de afectos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados na noite dos milénios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio de raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos sofrimentos distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.
A Civilização Egípcia
Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do Bem e no culto da Verdade.
Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimónios morais, guardavam no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os animava, que era trabalhar devotadamente para regressar, um dia, aos seus penates (deuses do lar entre os romanos e etruscos - Derivação: sentido figurado. casas paternas; lares, famílias) resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a base de todas as suas organizações religiosas.
Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afectos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egipto desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
A Ciência Secreta
Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios traziam consigo uma ciência que a evolução não comportava.
Aqueles grandes mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação.
A própria Grécia, que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e beleza, através da iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu toda a verdade das ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no Egipto se revestiam de experiências terríveis para o candidato à ciência da vida e da morte - fatos esses que, entre os gregos eram motivos de festas inesquecíveis.
Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a Humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele tempo.
O Politeísmo Simbólico
Nos círculos esotéricos, onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas.
Desse ambiente reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza. As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes festividades exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa franqueza das almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões exotéricas de suas lições sublimadas.
Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam os fenómenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som das flautas dos pastores, em contacto permanente com a Natureza.
O Culto da Morte e a Metempsicose
Um dos traços essenciais desse grande povo foi a preocupação insistente e constante da Morte. A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo.
Era natural. O grande povo dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos deuses. A metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre.
Inventou-se, desse modo, uma série de rituais e cerimonias para solenizar o regresso dos seus irmãos à pátria espiritual. Os mistérios de Ísis e Osíris mais não eram que símbolos das forças espirituais que presidem aos fenómenos da morte.
Os Egípcios e as Ciências psíquicas
As ciências psíquicas da actualidade eram familiares aos magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações. Num grande número de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do seu duplo espiritual.
Os papiros nos falam de suas avançadas ciências nesse sentido, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da actualidade. Desses conhecimentos nasceram os processo de mumificação dos corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros povos.
Seus reis estavam tocados do mais alto grau de iniciação enfeixando nas mãos todos os poderes espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso que a sua desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades, no sentido de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse amor não se traduzia, apenas, nos actos solenes da mumificação. Também o ambiente dos túmulos era santificado por estranho magnetismo. Os grandes directores da raça, que faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados dignos de toda a paz no silêncio da morte.
As Pirâmides
A assistência carinhosa do Cristo não desamparou a marcha desse povo cheio de nobreza moral. Enviou-lhe auxiliares e mensageiros, inspirando-o nas suas realizações, que atravessaram todos os tempos provocando a admiração e o respeito da posteridade de todos os séculos.
Aquelas almas exiladas, que as mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram, em tempo, que o seu degredo na Terra atingira o fim. Impulsionados pelas forças do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides, que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe. Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas:
- representariam os mais sagrados templos de estudos e iniciação, ao mesmo tempo em que
- constituiriam, para os pósteros (que ainda vai acontecer; futuro - a geração ou as gerações que vêm depois da de quem fala ou escreve) um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridade do porvir.
Levantaram-se, dessarte (advérbio - destarte - assim, desta maneira; dessarte) as grandes construções que assombraram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre.
Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico (relativo ou pertencente a cosmogonia; cosmogenético - conjunto de teorias que propõe uma explicação para o aparecimento e formação do sistema solar) do planeta e à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia.
Redenção
Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egipto voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos. Com seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis.
Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga.
Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservou-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.
A Índia
Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os que se agruparam nas margens do Ganges foram os primeiros a formar os pródromos (Uso: formal: o que antecede a (algo); precursor, prenúncio, antecedente - Ex.: os p. da revolução - 2 espécie de prefácio; introdução, preâmbulo) de uma sociedade organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes das colectividades do porvir. As organizações hindus são de origem anterior à própria civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas (sempre sofreram as consequências nefastas do orgulho e do exclusivismo), de onde sairiam mais tarde personalidades notáveis como as de Abraão e Moisés.
As almas exiladas naquela parte do Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, cuja palavra de amor e de cuja figura luminosa guardavam as mais comovedoras recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras vozes da filosofia e da religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça de profetas, de mestres e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os homens e os povos do porvir, salientando-se que também as suas escolas de pensamento guardavam os mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito.
- O povo hindu não aproveitou como devia as experiências sagradas no orbe terrestre, embora grandes emissários como CRISNA e BUDA tenham sido mandados em sua ajuda - Muitos destes encontram-se ainda hoje em sua jornada de redenção no globo terrestre.
Os Arianos
Era na Índia de então que se reuniam os arianos puros, entre os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo perdido, no qual o povo hindu colocava as fontes de sua nobre origem. Alguns acreditavam se tratasse do antigo continente da Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos Oceanos Pacífico e Índico.
A realidade, porém, qual já vimos, é que, como os egípcios e os hindus eram um dos ramos da massa de proscritos da Capela, exilados no planeta. Deles descendem todos os povos arianos, que floresceram na Europa e hoje atingem um dos mais agudos períodos de transição na sua marcha evolutiva. O pensamento moderno é o descendente legítimo daquela grande raça de pensadores, que se organizou nas margens do Ganges, desde a aurora dos tempos terrestres, tanto que todas as línguas das raças brancas guardam as mais estreitas afinidades com o sânscrito, originário de sua formação e que constituía uma reminiscência da sua existência pregressa, em outros planos.
Os Mahatmas
Da região do Ganges partiram todos os elementos revoltados com a situação humilhante que o degredo na Terra lhes infligia. As arriscadas aventuras forneceriam uma noção de vida nova e aqueles seres revoltados supunham encontrar o esquecimento de sua posição nas paisagens renovadas dos caminhos; lá ficaram, apenas, as almas resignadas e crentes nos poderes espirituais que as conduziriam de novo às magnificências dos seus paraísos perdidos e distantes.
Os cânticos dos Vedas são bem uma glorificação da fé e da esperança, em face da Majestade Suprema do Senhor do Universo. A faculdade de tolerar, e esperar, aflorou no sentimento colectivo das multidões, que suportaram heroicamente todas as dores e aguardaram o momento sublime da redenção.
Os "mahatmas" (grandes almas) criaram um ambiente de tamanha grandeza espiritual para seu povo, que, ainda hoje, nenhum estrangeiro visita a terra sagrada da Índia sem de lá trazer as mais profundas impressões acerca de sua atmosfera psíquica. Eles deixaram também, ao mundo, as suas mensagens de amor, de esperança e de estoicismo resignado, salientando-se que quase todos os grandes vultos do passado humano, progenitores do pensamento contemporâneo, deles aprenderam as lições mais sublimes.
Irmãos de Órion - Transmigrações Interplanetárias
Segundo pesquisadores, muitos de nós somos esses exilados tentando recuperar o tempo perdido, portanto caminhemos juntos sempre com a intenção de avanço, mas não só para o nosso progresso, mas para o de todas as civilizações.
Paz e Luz nessa caminhada!
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
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